Hoje, às 16h, o Flamengo enfrentará o Volta Redonda, pela semifinal da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. Diferentemente da última quarta-feira, a transmissão da partida será em uma plataforma de streaming, chamada MyCujoo, que o clube só disponibilizará por R$10,00. Insatisfeitos com essa definição, ontem, alguns torcedores rubro-negros picharam a Sede da Gávea, com palavras direcionadas ao Presidente, Rodolfo Landim.
Após um desentendimento com a Rede Globo, por questão dos direitos de imagem, o Flamengo passou a transmitir os seus jogos pela "FlaTV", mas apenas por áudio. Na semana passada, ao romper o contrato com a emissora, o clube também ofereceu o acesso às imagens, deixando os torcedores eufóricos com a decisão. A transmissão da última partida gerou alto índice de audiência, atigindo uma marca histórica no YouTube e também no canal (4 milhões de inscritos e mais de 1.5 milhões de telespectadores). Contudo, esse fato não satisfez a diretoria rubro-negra, que, gananciosa, não conseguiu arrecadar o dinheiro que esperava.
Essa ação, de monetizar a transmissão da semifinal da Taça Rio, intensifica ainda mais a elitização do futebol brasileiro. Antigos torcedores, que já não possuíam acesso ao estádio, devido ao alto preço do ingresso, agora também encontram a barreira financeira para assistir a um jogo de futebol pela televisão. Estes torcedores são considerados a grande massa da torcida flamenguista. Se não fossem por essas pessoas, de baixa renda, o Flamengo nunca teria a maior torcida do Brasil, como pregam orgulhosamente nas redes sociais. Mas o debate, sobre a liberação das imagens dos jogos, segue contaminado por discurso de ódio, dificultando a crítica construtiva e o diálogo com o time.
que vergonha, né