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O futuro do Brasil na Fórmula 1

Um dos países mais tradicionais na categoria, o Brasil não tem um representante fixo desde 2018.



Foto: Kamran Jebreili/Pool/AFP

A história do Brasil na Fórmula 1 coleciona sucessos e momentos memoráveis. Antes mesmo de Ayrton Senna começar a pavimentar a sua trajetória rumo ao rol dos melhores da história do esporte, Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet já haviam escrito os seus nomes na lista dos campeões da maior categoria do automobilismo mundial. Juntos, os três pilotos conquistaram oito campeonatos, colocando o Brasil na terceira posição no ranking de países com mais títulos na Fórmula 1, perdendo apenas para Reino Unido, com 14, e Alemanha, com 11.


Outros pilotos, como Rubens Barrichello e Felipe Massa, protagonizaram momentos que levaram os brasileiros do êxtase à melancolia em questão de segundos. Juntos, Massa e Barrichello conquistaram 22 vitórias – 11 cada – e o respeito de fãs da categoria em todas as partes do mundo.


Com números tão expressivos construídos ao longo de décadas, e sede do Grande Prêmio de Interlagos – um dos mais antigos do calendário anual – o Brasil solidificou sua posição como um dos países mais tradicionais da Fórmula 1.


Seria de se esperar que, com base neste histórico, se observasse o interesse do poder público em encontrar, lapidar e financiar jovens talentos que poderiam dar continuidade à história do Brasil na categoria. No entanto, o país nunca fez investimentos significativos, a fim de possibilitar a popularização e a ampliação do esporte. Ainda hoje, a prática do automobilismo, que, em geral, começa na infância, é limitada a um público que pertence à classe média alta da sociedade brasileira.


Os efeitos da falta de investimento no esporte tornaram-se mais visíveis na temporada 2018, quando, após o anúncio da aposentadoria de Felipe Massa no final de 2017, o Brasil ficou sem um único representante na categoria pela primeira vez em 48 anos.

A última exibição de um brasileiro na Fórmula 1 aconteceu em 2020, após o acidente assustador sofrido pelo piloto francês Romain Grosjean, quando Pietro Fittipaldi assumiu o cockpit da Haas para as duas últimas corridas da temporada. Quando a equipe estadunidense anunciou que trocaria seus dois pilotos para a próxima temporada, alimentou-se a hipótese de que Pietro poderia herdar uma das vagas abertas para 2021. No entanto, a hipótese não se confirmou, e o piloto brasileiro continua ocupando o posto de piloto reserva na Haas.


Assim, a participação brasileira no automobilismo internacional está atualmente limitada às categorias de acesso, como a Fórmula 2. Participante da categoria de 2017 a 2019, e dono de três vitórias e 16 pódios, o piloto mineiro Sérgio Sette Câmara conquistou um lugar na academia de jovens pilotos da Red Bull e chegou a realizar testes na Fórmula 1 para a Scuderia Toro Rosso (atual Alpha Tauri) e para a McLaren. Com o apoio da Red Bull, parecia uma simples questão de tempo para que Sérgio viesse a assumir um posto na Toro Rosso, que tradicionalmente acolhe os pilotos da academia da equipe austríaca. Mas o tempo veio e passou, e o piloto brasileiro acabou sendo preterido pela equipe. Atualmente, Sette Câmara corre na Fórmula-E.


Na atual temporada do certame, o Brasil conta com o talento de Felipe Drugovich. Os bons resultados conquistados pelo piloto paranaense em seu ano de estreia na categoria garantiram uma vaga na equipe Virtuosi Racing, uma das candidatas ao título na temporada. Entretanto, Drugovich ainda não integra uma academia de pilotos, nem possui patrocinadores o suficiente para bancar uma vaga em uma das equipes da Fórmula 1, o que dificulta a tão sonhada ascensão à categoria principal nos próximos anos.



Foto: Getty Images

Ainda pela atual temporada da Fórmula 2, passou Gianluca Petecof, um dos mais promissores pilotos da nova geração brasileira, que disputou seis corridas na categoria de acesso até o GP de Baku, no Azerbaijão, quando foi substituído pela equipe espanhola Campos Racing em função da falta de patrocínios – leia-se falta de poder financeiro – trazidos pelo brasileiro.


Sem nenhum piloto a uma distância tangível de um posto na Fórmula 1, a tendência é que o Brasil amargue mais alguns anos sem acrescentar novos capítulos à sua rica história na categoria.

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