No Brasileirão em homanegem ao Pelé, morto no final do ano passado, o Santos conheceu o seu primeiro rebaixamento no campeonato. Dentre os times que estavam brigando contra a zona da degola, o Peixe era o que mais merecia a última vaga para disputar a Série B em 2024.
Embora Bahia e Vasco não tivessem feito uma boa campanha, o Santos viveu um drama ainda maior neste ano. No Paulistão, a equipe brigou ponto a ponto para não ser rebaixada, mas se safou. Já no Campeonato Brasileiro, a sorte não esteve presente novamente. O problema do time vai muito além das quatro linhas, o que pode explicar o vexame desempenhado pelos jogadores dentro de campo.
Contratações não faltaram, porém a qualidade foi precária. Dos atletas que iniciaram a última rodada do Brasileirão, apenas João Paulo, Lucas Braga e Soteldo estavam no ano passado. Além disso, somente em 2023, o Santos teve quatro técnicos diferentes, impactando todos os setores do clube.
É claro que não podiam faltar as polêmicas extracampo. Em maio, o zagueiro Eduardo Bauermann foi afastado do elenco após admitir ter participado de uma manipulação de jogos por apostas esportivas. Dois meses depois, foi a vez de Soteldo ser separado do restante do grupo por ter se recusado a treinar. Já na semana passada, Marcos Leonardo e Jean Lucas se atrasaram na apresentação para a viagem a Curitiba, onde o Peixe enfrentou o Athletico Paranaense na penúltima rodada da competição.
Não foram poucos os problemas que atingiram o Santos neste ano. No entanto, o principal deles foi a gestão, que permitiu todo esse caos, justamente no Brasileirão que homenageou Pelé. Ainda bem que o Rei do futebol não está mais aqui para ter visto o maior desastre da história de seu clube do coração.
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